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roda morta - uma farsa psicótica (2018 e 2019)

A peça "Roda Morta - Uma Farsa Psicótica" traça um panorama histórico farsesco do Brasil desde a época da Ditadura Militar, trabalhando com clichês do período, como luta armada, perseguição política e violência de Estado, até a crise atual. Na trama, um grupo de militantes deslocado no tempo decide sequestrar um ex-torturador que está em coma em uma clínica para pacientes com Alzheimer. 

Com texto de João Mostazo, a montagem interpretada pelos atores Biagio Pecorelli, Felipe Carvalho, Ines Bushatsky, Mariana Marinho e Pedro Massuela é dirigida por Clayton Mariano, diretor e ator do grupo Tablado de Arruar que em parceria com Alexandre Dal Farra há alguns anos vem se debruçando sobre questões políticas do país. É o terceiro trabalho da Cia. Teatro do Perverto.

O espetáculo se apropria do gênero farsesco, por vezes beirando o esdrúxulo, com referências que vão do Cinema Marginal brasileiro até o teatro do diretor alemão Frank Castorf, abusando da teatralidade. A interpretação tem excessos de representação que parecem ir na contramão da onda performativa que figura no teatro paulista dos últimos anos. 

"Roda Mortaficou em cartaz no Pequeno Ato (2018 e 2019) e no Tusp (2019). 

imprensa

Crítica Teatro Jornal - Valmir Santos

"Convidado a dirigir o trabalho do Perverto, Clayton Mariano (do grupo Tablado de Arruar) encontra no substrato dessa escrita condições para assumir as estridências visuais e sonoras dos detritos reacionários devorados pelo olhar irreverente da geração de Mostazo. Há uma consciência questionadora nesse desbunde aparente – como havia na comicidade insurgente da trupe carioca Asdrúbal Trouxe o Trombone (1974-1984), em pleno olho do furacão. 

 

Três pessoas apertadas numa tina d’água, entre pedaços de pão e de pizza, é uma imagem que fala do desespero existencial de parte da juventude no Brasil atual". Leia mais aqui.

Crítica Fernando Pivotto
"Vale elogiar não só a dramaturgia e a direção, que criam a estrutura para que os efeitos desejados aconteçam (e acontecem), mas também o bom elenco que não pesa a mão no caricatural e que parte do patético sem ficar limitado ao patético, conseguindo, cada um a sua maneira, dar textura e camadas às suas performances (sobretudo Ines Bushatsky e Mariana Marinho, particularmente boas na sessão que eu assisti)". Leia mais aqui.

ficha técnica

Texto: João Mostazo. Direção: Clayton Mariano. Elenco: Biagio Pecorelli, Felipe Carvalho, Ines Bushatsky, Mariana Marinho e Pedro Massuela. Direção de Arte: Lídia Ganhito e Maria Rosalem. Direção Musical: Gabriel Edé. Cenografia: Fernando Passetti. Realização: Cia Teatro do Perverto. Duração: 70 min. Classificação: 16 anos.

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